A organização de duas unidades para beneficiamento de doces e polpas de frutas na comunidade de Monte Alegre, município de Afogados da Ingazeira (PE), e na comunidade de Pereiros, no município de Flores (PE), gerou empregos e uma segunda opção de renda para 46 mulheres da região. Com a venda dos produtos, as agricultoras familiares contam com renda de cerca de R$ 400/mês por agricultora. A comercialização é realizada em escolas, mercados, feiras agroecológicas e nas feiras da agricultura familiar promovidas pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).
Essas agricultoras fazem parte da Organização Casa da Mulher do Nordeste, situada em Recife (PE). O grupo reúne o trabalho de 450 mulheres agricultoras familiares de onze municípios do Estado. Juntas, elas produzem, artesanato em cabaça, crochê, palha de milho, jornal; bordados, sombrinha para dançar o frevo e peças de barro, entre outras criações. As frutas da região complementam a produção desse grupo. São Umbu, cupuaçu, graviola e manga, utilizadas para fabricação dos doces e polpas. Uma máquina auxilia as agricultores no momento de embalar as polpas, assim, não há desperdício de tempo.
Em suas propriedades, junto com a família, as agricultoras trabalham na lavoura plantando entre tantas culturas disponíveis para a região, o milho e o feijão. Além disso, criam pequenos animais como galinhas e cabras para subsistência e venda no comércio local.
“A nossa produção é diversificada e nosso trabalho está voltado para a valorização dos produtos da agricultura familiar”, relata Thaísa Soares, técnica da organização que presta assessoria aos projetos das agricultoras. Ela esclarece ainda que para fomentar o trabalho realizado na instituição, hoje, a entidade já conta com projetos de apoio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).
Thaísa destaca que as mulheres têm recebido o apoio das políticas públicas e programas do MDA. “É como uma colcha de retalhos, a junção das políticas públicas e linhas de crédito complementam as unidades de beneficiamento”, destaca, ao relatar que, muitas agricultoras já acessaram os financiamentos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). "Todo nosso trabalho é pautada na demanda efetiva das mulheres agricultoras”, finaliza Thaísa.
Agroindústria
O Programa apoia a inclusão dos agricultores familiares no processo de agroindustrialização e comercialização da sua produção, de modo a agregar valor, gerar renda e oportunidades de trabalho no meio rural. Podem participar agricultores familiares, pessoas físicas e jurídicas formada por no mínimo 90% destes agricultores e com no mínimo 70% de matéria prima própria. As pessoas jurídicas que industrializam leite têm regras próprias.
Existem disponíveis linhas de crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) para financiamentos de agroindústrias, criadas para promover a implantação, ampliação, recuperação, e/ou modernização de agroindústrias.
FONTE: https://www.mda.gov.br/portal/saf/noticias/item?item_id=6983835